domingo, 4 de novembro de 2012

O Segundo Escalão do Futebol português

Boa noite,

O meu nome é Renato, e fui convidado a assinar semanalmente uma rúbrica neste blog dada a minha arrepiante capacidade de expressão e extensos conhecimentos futebolísticos.
Fui nomeado enviado especial nos gramados da segunda liga portuguesa (Ou como dizem noutros lados: Comissário do Povo). No entanto, nada me calará quanto à grande qualidade do escalão máximo do futebol português, encabeçado pelos grandes.

Quanto ao que realmente nos interessa, esta mensagem tem 3 dias de atraso, porque o líder da segunda liga jogou quinta-feira, e mais uma vez, nas vezes que o permitiram, cilindrou o adversário. Fala-se portanto do Belenenses, que embora tenha que viver na vergonha de jogar em campos quase pelados, tem o orgulho de reconhecer que foi humilde em toda a sua história, sobrevivendo ao mau estado da estrada sozinho, pisando, descalço, o asfalto repleto de pioneses, e lá ganhou o seu campeonatozinho e três taças nacionais. Ainda me lembro da dívida do Paulo Madeira que só não está por liquidar porque prescreveu. E o Amorim e o Rolando que sairam de borla? Enfim...
Certamente repararam que a equipa do Restelo foi mencionada como lider, porque se fizermos bem as contas, num campeonato de 22 equipas em que 6 delas só estorvam, o Belenenses é líder isolado.
Mas falando dos restantes acontecimentos da semana, é de salientar a ascensão ao relativo segundo lugar da equipa de Arouca, uma vila com 3000 habitantes, e a questão que se afigura pertinente é como é que dentro desta amostra populacional se arranja uma equipa que quer ir para a 1ª Liga. E é com esta gente que o Belenenses anda metido.
Nos restantes gramados, deve-se salientar o empate da Oliveirense, que acaba por ser um resultado positivo no batatal de Tondela! Resta apontar que o Sporting teve das suas grandes vitórias da época, ganhando ao Benfica, não importa se equipa B ou não, importa que mantém a ilusão de que se o acaso ditar a descida da equipa A, vão batalhar nos tribunais pela subida da equipa B. Grandiosos!

E com esta transição súbtil que, estando atentos, certamente não deixaram passar, o autor fez a translação da mira, desta feita apontada à primeira liga.
No seguimento da conversa, falando do grande Sporting, teve mais uma derrota com um adversário directo na árdua luta pela manutenção. Foi a estreia do novo treinador, Voltaren, que promete efeitos imediatos a adormecer as lesões musculares. No entanto, não sei se devido ao pouco tempo de trabalho, se pela fraca qualidade (o que é previsível, quem aceitaria míseros 500mil euros para treinar até final da época?), ainda não descobriu que o Ricky van Wolkswagen foi amputado à nascença, e joga com próteses em todos os membros abaixo do pescoço e acima do queixo. Izmailov é o único que tem conservatório naquela banda...

No que ao Grande Sp. Braga diz respeito, resume-se o campeonato que está a fazer a: Para Vermelho não está nada mal. Mas já se vislumbra traços do poeta Peseiro na equipa, fazendo prever que o Braga nada ganhará, mas que lá perto ficará.

Quanto ao Grande Benfica, o ponto alto da semana foi a vitória da lista do Sr. Luis Filipe Vieira, Rei dos Pneus, que garante a estabilidade e a continuação do projecto que o Benfica tão bem vem a praticar nos últimos anos. Desde a chegada deste senhor, o Benfica conquistou 2 Campeonatos (muito bem ganhos por sinal), 1 Taça de Portugal e 4 Taças "Lucílio Batista". Não nos esqueçamos da grande final com o Setúbal, que conseguiu provar por absurdo, que afinal Alguém parava o Benfica! Desta época e desta equipa, nada mais se tem a apontar, para além de o Cardozo ainda ser titular, e que portanto a credibilidade do Benfica mantém-se, e de o melhor jogador do seu plantel, Lima, ter aprendido que os golos se marcam nas balizas, no Grande Belenenses.

Para finalizar, do Porto pouco se tem a apontar, percebe-se que não é equipa para este campeonato. Tem um pormenor incomum na estória do futebol: O treinador também joga, chama-se Lucho González e é "El Comandante". Apesar de terem uma maçã podre no plantel, quem continua a estragar o ambiente é o treinador do papel, Vitor Pereira, que tem a imaginação de inventar um franzir de olho, uma careta e uma maneira nova de falar, cada vez que lhe cai um microfone em frente aos beiços. Esta época inovou, e adquiriu a característica de dar nas vistas no banco de suplentes, parecendo que vive num papel de uma personagem de Wagner, em cima dos palcos.
Deve querer fazer frente ao Jasus no banco da Catedral...

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